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Top 5: dicas fundamentais para aprender a dançar bem


Será que aprender a dançar bem é uma questão de treino, talento ou existe um caminho que todos podem seguir?

De forma comprovada, dançar é uma experiência que faz bem não apenas para o corpo, mas para a mente. Não é a toa que a atividade é uma forte aliada no combate a doenças como a depressão. Então, se você leva a sério este momento e não vê a hora de aprimorar os seus passos, está no lugar certo.

Este post fala exatamente sobre dicas fundamentais para conseguir usufruir de todos os benefícios desta atividade e melhorar o desempenho nas suas aulas de dança.

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Benefícios da dança

Sempre é bom lembrar tudo aquilo que a dança pode fazer por nós. Desta forma, criamos uma compreensão diferenciada de avaliação sobre nossos passos. Você pode sonhar em ser um bailarino profissional ou simplesmente encontrar na dança um hobby. De qualquer forma, ela pode e vai fazer muita coisa por você:

  • Ajudar a perder a timidez
  • Aumentar a autoestima
  • Fortalecer a autoconfiança
  • Amplia o círculo de amizades

Esta lista ainda pode ser maior, mas já dá para ter uma ideia das transformações que aprender a dançar pode gerar.

Aprenda a dançar bem com estas 5 dicas importantes

1. Evite a cobrança extrema

O excesso de cobrança pode ser uma armadilha para o seu aprendizado. Ele chega acompanhado de pensamentos negativos e faz você pensar que nunca será bom o suficiente. Além disso, ressalta sentimentos de fracasso e culpa. Logo, a angústia acaba por atrapalhar todos os resultados benéficos que a dança deve proporcionar.

Mas como falamos antes, a dança é exatamente o contrário de tudo isso, não é mesmo? Então tente prestar atenção e ao menor sinal de que você está se cobrando demais, trabalhe para reverter esta situação. Talvez ao fazer isto você perceba que pode estar agindo da mesma forma em outros aspectos da sua vida. Relaxe e seja legal com você mesmo!

2. Trabalhe o medo de errar

Não deixe com que o medo de errar paralise. Erros e acertos são partes saudáveis do aprendizado. Trabalhe a resiliência sempre olhando para a sua trajetória de forma a identificar todos os obstáculos que superou e a evolução que teve até o momento.

3. Busque referências

Uma forma eficiente de aprender algo é ter boas referências. E se você quer aprender a dançar bem, busque modelos de inspiração. Pode ser o professor de dança, um colega de aula ou qualquer outra pessoa. No entanto, esta não é uma forma de comparação. Isto porque cada um tem um tempo de aprendizado e habilidades diferentes. É apenas aquela pessoa que traz inspiração para que você continue dançando, seja pela técnica, pela maneira como conduz os movimentos ou pela forma como que se entrega para a dança.

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4. Busque amadurecimento

A expectativa faz parte do aprendizado. Você começa a sua aula de dança e logo quer dominar todos os exercícios. Isto é saudável, mas compreenda que o aprendizado precisa de um tempo para amadurecimento. Saiba respeitar cada etapa que precisar passar para que não bata a vontade de desistir.

5. Atualize formas de motivação

Suas formas de encontrar motivação precisam ser atualizadas sempre que possível. Essas motivações podem ser:

  • internas: pense em bons motivos para dançar, aprender e sempre melhorar. Esta é a forma mais eficaz de se manter motivado, pois essa força vai afastar as oscilações de comportamento e pensamentos. Você pode chamar de força interior!
  • externas:  aqui entra o apoio da nossa rede de contatos, amigos, colegas, família e professores. Esteja cercado de pessoas que te motivem. E se você gosta de uma competição saudável, esteja perto de pessoas que proporcionem este desafio.

Inevitavelmente, aprender a dançar bem depende do quanto você está disposto a se desafiar. Por isso, encare as exigências do professor como um degrau fundamental para que consiga vencer etapas e evoluir. Veja desta forma todas as dificuldades que surgirem neste sentido.

 

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem“Maria Cristina Lopes. Sou formada pela PUC-Rio e mestre pela Universidade de Coimbra. Trabalho com a dança desde 2013 e desenvolvi o 1º curso de psicologia da dança do Brasil em 2016. Sou defensora da área de psicologia da dança, atendo bailarinos, ofereço consultoria para escolas e companhias e capacito professores e psicólogos nesta área promissora.”

www.mariacristinalopes.com Contatos: mariacristinalopes@gmail.com | 21 99305 3432


As diferenças entre academia de ginástica x escolas de dança – Ana Claudia Borges


Pelo fato das 2 atividades trabalharem o corpo achamos serem iguais mas não são. Alguns dos questionamento de novos clientes para as aulas de dança são:
. Mas é caro para aula 1x por semana
. Não pode ser todo dia?
Diversos são os tópicos mas vou focar nessas 2 dúvidas nesse primeiro momento

ACADEMIAS DE GINÁSTICA: oferecem uma ótima estrutura, ótimos aparelhos e aulas coletivas. O valor pago pelo aluno é para usufruir a estrutura. Muitas vezes ouço a reclamação de que para ter atenção de um professor na academia é necessário um personal. Sim! Porque você paga na mensalidade a estrutura e não o trabalho humano. Já as aulas coletivas nas grandes academias temos diversos alunos em diversos níveis de condicionamento físico e por melhor que seja o professor ele irá dar uma aula geral e não conseguirá focar nas necessidades de cada aluno em particular. Fora isso, se você for em horário de pico bem provável terá que revezar os equipamentos. E quero que saibam que não tem nada de errado nisso!!!! Aliás eu frequento uma academia! O problema está em querer que os 2 serviços sejam iguais.

Vamos agora as escolas de dança

ESCOLAS DE DANÇA: as aulas são 1, 2x ou 3x por semana e indicadas de acordo com o tempo disponível e necessidade daquela aluna. Nas aulas de dança o professor elabora sua aula de acordo com aquele aluno e ele já sabe quem são os alunos que estão presentes naquela aula, o que precisam rever, desenvolver, avançar ou voltar. É um trabalho específico de uma atividade que além de física é de conhecimento por isso não é possivel dizer pague X e faça a aula que quiser. Na verdade é possível sim e assim a quantidade de alunos será muito maior mas a qualidade do aprendizado menor.

Então, quando for escolher uma atividade veja o que você quer! As 2 são ótimas para o corpo e mente!
Se você quer emagrecer, tonificar, enrijecer, se distrair e fazer novos amigos procure uma academia de ginástica.
Se você procura tudo isso mas também aprender a técnica e ter uma atenção mais personalizada procure uma escola de dança.

 

Ana Claudia Borges – bailarina e professora de dança do ventre, educadora física e proprietária do Ana Claudia Borges Estúdio de danças localizado em Osasco.


Desenvolvendo múltiplas inteligências através da dança – Maria Cristina Lopes


De modo geral, a ideia de inteligência enfatiza competências em áreas como matemática e linguagem. 
Contrariando esse conceito, os estudos desenvolvidos pelo psicólogo Howard Gardner sugerem que os indivíduos são capazes de desenvolver várias inteligências ao longo da vida.

“De acordo com Gardner (2000), a inteligência é entendida como a habilidade ou conjunto de habilidades, pelo qual o indivíduo resolve problemas ou cria produtos a partir de um ambiente de cultura particular”

Para o aprendizado da dança, o desenvolvimento das inteligências múltiplas significa um vasto campo a ser explorado.

Desbravar esse conhecimento passa a ser fundamental para alcançar os objetivos em sala de aula, seja no ensino voltado a crianças, adolescentes ou adultos.

As múltiplas inteligências aplicadas à dança

Gardner identificou 7 diferentes tipos de inteligência:

  • Musical
  • Lógico-matemática
  • Linguística
  • Espacial
  • Corporal-cinestésica
  • Interpessoal
  • Intrapessoal

Por conseguinte, estudos mais recentes acrescentaram outros dois tipos: a inteligência naturalista e a existencial.

Trazendo para o contexto do aprendizado da dança, é possível destacar alguns exemplos de como o entendimento dessa teoria possibilita um diferencial na maneira como o professor conduz o ensino.

Inteligência musical

É a capacidade de compreender ritmos e também apreciar a música.

Desenvolver essa inteligência no bailarino possibilita que ele consiga sincronizar movimentos que tornam as apresentações fluidas.

Inteligência Lógico – matemática

Essa inteligência é utilizada para compreender a relação dos objetos no mundo.

Na dança, ela é exercida cada vez que o aluno entende que para realizar determinado movimento, é preciso utilizar a força do seu corpo de uma determinada forma, ou ainda, posicionar o pé da maneira correta, por exemplo.

Não se trata apenas do controle de movimento, mas de entender que tudo funciona como uma engrenagem.

Inteligência Linguística

A inteligência linguística compreende a capacidade de comunicação e de desenvolver o próprio discurso de maneira eficaz.

Em sala de aula, o aluno com essa habilidade compreende facilmente o significado daquilo que o professor pede para ser aplicado de forma prática.

Quem tem essa característica desenvolvida, normalmente apresenta também sinais de uma boa memorização.

Inteligência espacial  

Extremamente importante na dança, é ela que possibilita que o aluno consiga imaginar e se colocar no espaço de maneira eficaz.

Quando trabalhada por professores e coreógrafos ainda na sala de aula, e não apenas pouco tempo antes de apresentações, essa habilidade gera um impacto muito positivo no resultado, deixando movimentos mais bonitos e harmoniosos.

Inteligência pessoal

É a capacidade de se perceber no mundo e lidar com as próprias emoções.

Assim, o aluno que desenvolve essa inteligência consegue perceber de forma clara o que as outras pessoas querem dele, facilitando que ele atenda às expectativas.

Compreender os próprios sentimentos ainda auxilia na hora de lidar com fracassos e lições internas, diminuindo as chances de desistência da atividade.

Inteligência Corporal-cinestésica

É a capacidade de perceber e lidar com o próprio corpo e controlar os movimentos que não são naturais. É muito desenvolvida por atores, bailarinos profissionais e atletas.

É importante destacar que a dança se utiliza cada uma dessas inteligências em um determinado momento. Além disso, elas refletem não somente a capacidade de execução, mas também de apreciação.

Não é apenas uma questão de talento

Talvez uma das maiores lições dos estudos de Gardner se dá pelo fato de mostrar que toda pessoa é capaz de desenvolver essas múltiplas inteligências. Para isso, é preciso que ela tenha o estímulo adequado.

Uma situação comum se dá quando o professor percebe que um aluno demonstra um diferencial ao realizar movimentos, destacando-se dos demais. Geralmente, a primeira impressão é de que esse aprendiz terá mais chances de se tornar um bailarino profissional e logo, precisa de mais atenção e incentivo.

Contudo, o que Gardner mostra é que essa aptidão chamada de talento, não necessariamente é garantia de que o aluno tenha mais chances de se destacar como um futuro bailarino. Diversos fatores externos podem influenciar nessa trajetória.

Da mesma forma, aquele aluno que inicialmente não apresentava resultados tão satisfatórios. Se ele receber os estímulos necessários para desenvolver múltiplas inteligências, poderá, inclusive, criar as habilidades necessárias para seguir a dança profissionalmente.

“É papel do educador reconhecer e aceitar que os alunos são diferentes e permitir que eles desenvolvam suas diferentes habilidades para a construção de um “novo conhecimento” e de um “novo ser humano”. Mallmann & Barreto.

Logo, o talento implica muito mais do que a capacidade de executar um movimento.

É importante que na sala de aula sejam pensadas formas de estimular não apenas a inteligência musical e corporal-cinestésica, como também a interpessoal, intrapessoal e a espacial, por exemplo.

Para tanto, essas ações exigem dos professores um conhecimento individualizado dos alunos para que eles sejam estimulados da maneira mais adequada.

A importância dos ambientes inteligentes

Como estímulo ao desenvolvimento, Gardner destaca a importância de proporcionar aos alunos um ambiente pensado para o desenvolvimento dessas inteligências.

Segundo o autor, o uso de recursos, inclusive lúdicos, cumprem esse papel.

“Quanto mais “inteligentes” os ambientes e quanto mais fortes e adequados forem os recursos disponíveis e as intervenções, mais capazes se tornarão as pessoas e menos importante será sua herança genética, segundo Gardner (2000)”. Medina

Dessa forma, apostar em intervenções ambientais também potencializa os resultados do desenvolvimento de múltiplas inteligências, sempre respeitando as características individuais de cada aluno.

Maria Cristina Lopes – Criadora do Psicologias Online e do Curso Psicologia da Dança. Inspira pessoas a viver de suas paixões.

Como a neuropsicologia pode ser uma aliada no ensino da dança – Maria Cristina Lopes


Ainda que o ritmo seja familiar, os movimentos de quem aprende uma nova coreografia produz uma série de ativações em regiões do cérebro. Isso significa que colocar um passo em prática durante o aprendizado da dança, implica em um grande esforço cognitivo.

“Então, aprender uma coreografia, uma sequência pré-estabelecida de movimentos, requer complexas e especializadas “ferramentas” neurais”. Ribeiro & Teixeira

Compreender este processo por meio da aplicação de estudos sobre neuropsicologia — área que estuda as relações entre cérebro e o comportamento humano — pode oferecer insights importantes para serem levados à sala de aula.

Da ideia à ação: compreendendo os estágios da aprendizagem na dança 

Pesquisas em neuropsicologia mostram como o aprendizado da dança passa por diferentes estágios. No primeiro, que compreende a aprendizagem motora, entram em ação funções executivas como:

•     atenção seletiva

•     memória operacional

•     solução de problemas

•     tomada de decisões

•     planejamento e

•     motivação

Para compreender melhor o papel dessas funções, pode-se recorrer a seguinte definição:

“Essas são um conjunto de habilidades que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a metas, avaliar a eficiência e adequação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e, deste modo, resolver problemas imediatos de médio e longo prazo (FUENTES, D.; MALLOY-DINIZ, 2008).

Além dessas, também são ativadas áreas relacionadas à produção motora. É neste momento que o bailarino começa a compreender a tarefa e buscar formas de colocá-la em prática. Por isso, ainda não é o momento ideal para exigir que um movimento seja realizado com extrema precisão, por exemplo.

Com a imitação e a repetição dos passos, o bailarino entra em uma segunda fase onde já não precisa de tanto esforço para manter a atenção e assim refinar os movimentos. E é depois de inúmeras repetições que o aprendizado é consolidado, chegando ao estágio autônomo.

“Nesse momento, o intérprete pode emocionar-se com alguém da plateia, com a própria apresentação, pode lidar com algum imprevisto na execução coreográfica, ou seja, pode concentrar-se numa tarefa secundária por haver se especializado na sequência e otimizado a eficiência do movimento” (RIBEIRO, 2007).

A neuropsicologia e as estratégias para manter a atenção 

Uma das funções executivas mais importantes é a atenção. Fazer com que os alunos mantenham o foco durante a aula é sempre um grande desafio. Logo, o importante é desenvolver formas de minimizar os impactos desses momentos de dispersão.

O primeiro passo é não associar a falta de atenção a uma falta de compromisso com aquilo que está sendo ensinado. Existe uma curva dentro da normalidade onde alguns conseguem se concentrar por mais tempo em relação aos outros. No entanto, quem tem mais dificuldade não necessariamente está fora desse padrão. O fato é que é impossível manter-se focado 100% no período de uma aula.

Também é importante ressaltar que essa capacidade de atenção pode ser treinada. Ainda assim, sempre existirão diferenças entre alunos de uma mesma turma. A partir dessa consciência e do conhecimento prévio dos interesses de cada aluno, algumas estratégias podem ser aplicadas.

Talvez colocar um aluno que tenha grande interesse em socializar ao lado de um amigo possa gerar distração. Contudo, é possível que o professor perceba que ainda assim, é importante oferecer algum momento de socialização durante a aula para que este aluno mantenha o foco e a motivação.

Outra situação bastante comum acontece com alunos dispersos que passam a apresentar melhores resultados em uma turma mais calma.

Para obter sucesso, é importante que o professor conheça o perfil de cada aluno e aprenda a olhar sob a ótica dele. Dessa forma, o entendimento sobre aspectos da neuropsicologia podem auxiliar nas melhores formas de lidar com dificuldades durante o ensino.

Culpar um aluno pela falta de atenção pode ter um efeito contrário do desejado, uma vez que ele pode se sentir frustrado por entender que o professor não consegue enxergar e reconhecer o seu esforço.

A busca de novos estímulos 

O cérebro tem uma grande capacidade de adaptação a qual a ciência chama de neuroplasticidade. Ela pode e deve ser trabalhada através de estímulos. Na dança, isso pode ser feito:

•     Humanizando os alunos e entendo que cada um tem um perfil diferente

•     Compreendendo as motivações do aluno para adiantar ações frente a possíveis distrações.

•     Mantendo expectativas pautadas na realidade.

•     Proporcionando um ambiente acolhedor

Vale destacar que esses esforços podem ser prejudicados pelo stress que interfere negativamente nesse processo. Um ambiente motivado pela competitividade e cobrança exagerada afasta o aluno de estímulos necessários para o desenvolvimento.

Por sua vez, a neuroplasticidade pode ser estimulada por meio da dança, principalmente quando há geração de um ambiente acolhedor mantido pelo professor.

O conhecimento profundo de cada aluno proporciona uma experiência individualizada e que atende necessidades específicas, o que aumenta a chance de facilitar o aprendizado.

Maria Cristina Lopes – Criadora do Psicologias Online e do Curso Psicologia da Dança. Inspira pessoas a viver de suas paixões.

O sagrado feminino: Equilíbrio entre as polaridades – Ju Marconato


Vivemos em uma sociedade baseada em valores patriarcais com excesso de energia yang. Passamos a ser nossos resultados e estatísticas, nossos títulos e conquistas. Nosso valor pessoal passou a ser medido pelo que fazemos, realizamos ou aparentamos, é uma vivência especificamente para fora. Neste contexto não há espaço para dentro, para o Ser, não há espaço para o acolhimento e aceitação provindos da delicadeza da polaridade yin. Por isso vivemos uma ansiedade constante, sem espaços para acessarmos nossa intuição.

O equilíbrio da vida está em conseguirmos harmonizar as polaridades Yin e Yang, nosso aspecto feminino e masculino, pois ambos se complementam. Por isso homens e mulheres não precisam competir e sim somar, colaborar uns com os outros. Ambas as forças são importantes para harmonia no mundo.

Segundo o mestre Sri Prem Baba, a distorção do feminino é o sentimento de vítima, a distorção do masculino é a agressividade. Precisamos urgentemente alinhar essas duas forças dentro de nós. O Pensar e o agir devem andar de mãos dadas para que tenhamos êxito e plenitude em nossas realizações, sejam elas materiais ou espirituais.

Para bons resultados na vida, precisamos pensar e agir, ou seja, utilizar em equilíbrio os dois hemisférios cerebrais. Segundo os antigos filósofos chineses, o hemisfério direito tem predominância da energia Yang e o direito predominância da energia Yin. O lado esquerdo é analítico, lógico, baseado em fatos, é organizacional. Em contrapartida o lado direito é experimental, holístico, intuitivo, integrador, interpessoal, baseado em sentimento, cinestésico.

Então percebemos a importância de equilibrar razão e emoção.

Os hemisférios direito e esquerdo têm funções diferentes. Processam informações de formas diferentes. E, assim, se complementam, ampliando as nossas possibilidades de compreensão e atuação no mundo.

Segundo Dr. Lair Ribeiro, “o segredo é balancear os dois hemisférios. Na civilização ocidental, a educação geralmente dá ênfase ao desenvolvimento do hemisfério esquerdo. Para compensar essa hipertrofia e obter um balanceamento, o nosso trabalho concentra-se na expansão do hemisfério direito – via de entrada para o inconsciente”.

Em todas as áreas da vida é preciso equilibrar esses dois polos que governam nossa existência. Um pássaro só pode alçar voo integrando em sinergia as duas asas.

Vamos começar agora a exercitar as qualidades Yin e Yang em nosso dia a dia. Resolver, atuar, agir, sem perder a percepção, criatividade e ternura.

Uma mulher equilibrada gera um lar equilibrado, e lares equilibrados constroem uma sociedade mais equilibrada e feliz.

O feminino naturalmente é movido mais pela cooperação do que pela competição.

A mulher carrega em si uma fonte de energia criativa e criadora, que influencia profundamente o meio no qual ela vive.  Para a saúde feminina, é importante que a mulher saiba se cuidar, sentir-se bonita, adornar-se com acessórios que valorizem sua beleza.

Na antiga sociedade matriarcal, mulheres eram consideradas divindades, pois eram dotadas da capacidade de gerar a vida.

Como vivemos em uma sociedade patriarcal e altamente competitiva, isso nos distancia da realização feminina e delicadeza do yin que inclui a habilidade de exercer amorosidade, acolhimento e beleza em todos os níveis, físico, mental, emocional e espiritual.

Para manipular a alma feminina, impediram-na de exercer naturalmente a sensualidade e intuição. Fizeram-na acreditar que é preciso negar o corpo, quando a feminilidade é experimentada através deste. Dessa forma nos sentimos culpadas, inadequadas em exercer nossos atributos naturais.

Ao longo da historia da humanidade, mulheres foram podadas, anuladas, queimadas e mutiladas. Retiraram-na  a capacidade de pensar por si, de fazer suas próprias escolhas, perdendo seu poder de cura, seus dons e instintos naturais, perdendo a conexão com o centro criativo localizado em seu baixo ventre. Uma mulher sem a capacidade de se encantar com a beleza da vida, das pessoas a sua volta, perdeu a capacidade de exercer sua feminilidade.

A mulher traz encantamento e inspiração para o mundo. Somos donas de uma força primordial.

A dificuldade em admirar outra mulher, em elogiar e defender umas as outras vem da desconexão com nossa verdade.

Socialmente nos estimulam a competir, lutar e brigar por algo que queremos. Essas atitudes de hostilidade entre mulheres indica nossa total desconexão com a alma superior e com o que chamamos de sagrado feminino.

À medida que aprendemos a elogiar mais, sorrir, encorajar, cuidar, abraçar, dançar, voltamos para a casa, à casa da alma.

Existe uma tendência feminina de fazer tudo por todos, e se sentir culpada em fazer algo para si. É preciso se permitir, dar e receber e entrar em equilíbrio na roda de abundancia do Universo.

É importante reabastecer a própria energia com cuidados pessoais e meditação, para poder cuidar de seus queridos.

Quando acessamos nosso potencial criativo e feminino, aprendemos a aplaudir o sucesso a nossa volta. Saímos do papel de vitimas e miseráveis e passamos a ser ricas em todos os aspectos. Quanto mais estrelado o céu, mais bonito ele fica!

Uma mulher que ainda não aprendeu a se amar e se respeitar, não têm condições de ir em direção ao outro, reverenciando o sagrado que existe em todas as formas de vida!

Lembrando a frase milenar, amar o próximo como a ti mesmo. Se não existir amor em mim, por mim, impossível ir em direção ao outro.  Cada um dá o que tem, por isso a necessidade urgente de aprendermos a amar nós mesmos, perdoar, acolher e permitir que a gratidão aconteça.

Fazemos parte de uma irmandade feminina, por isso quando estamos juntas e conectadas, conseguimos aliviar nossas dores emocionais.

Segundo Jean Shinoda, entre as mulheres existe uma conexão natural. Alguns estudos evidenciam que quando uma mulher sofre de estresse e fala com outra mulher, ambas liberam o hormônio da maternidade que faz com que o estresse diminua.

Somos naturalmente lindas e sensuais. Nos ensinaram que isso é pecado, então negamos uma parte de nós mesmas! Assim podemos ficar submissas, frágeis e fúteis! Muitos tabus e questões mal interpretadas em relação à sensualidade feminina

É possível ser poderosa sem perder a feminilidade e ter que vestir um manto masculino.

Toda mulher tem em si um potencial imenso de transformar, trazer amor, reconhecimento, desenvolvimento material e espiritual para seu lar.

O feminino foi associado à fraqueza, porém somos incrivelmente fortes e poderosas. Sinceramente acredito e sinto que não existe a verdadeira evolução em termos físicos, nem emocionais, nem espirituais sem a presença feminina no planeta. As mulheres são intrinsecamente fortes, suportam dores e representam a beleza e criatividade no mundo.

Precisamos ouvir nossa intuição. Que apenas nossos sonhos sejam responsáveis por nossos pensamentos. Todos nós precisamos de um momento ao qual nos dediquemos à quietude,é através dela que nós encontramos o maior bem que é a paz interior.

Precisamos aprender a reservar um tempo para olhar para dentro, observar o que estamos sentindo, acalmar a mente, respirar, cultivar uma boa alimentação e atividades físicas prazerosas.

Não nos preocupemos em satisfazer ou corresponder às expectativas do mundo! O que faz toda a diferença é o que acontece dentro de nós. Sejamos leves e inteligentes emocionalmente. Esqueçamos os rótulos e cobranças! Façamos tudo com mais amor, pois o amor é nosso caminho.

Mulheres são o esteio da sociedade, da família e da espiritualidade no mundo.

Luz e Amor!


Ju Marconato Autora do Livro Sagrado Feminino, pela editora Kaleidoscópio de Ideia.
Criadora do Método Ju Marconato DTF (Dança Terapêutica do Feminino), proprietária do Núcleo de dança Ju Marconato localizado em Araraquara.


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