O que te inspira? – Paty Saad


Quase não tenho memórias do que é a vida sem arte. Iniciei minha jornada na dança do ventre aos 11 anos de idade, entusiasmada com o então hit do momento, a novela O Clone, e fazendo jus às minhas raízes sírias, inspirada pelas músicas árabes e rodas de dabke nas festas de família. Desde então, a dança sempre esteve muito presente na minha vida, em todas as fases – durante o colégio, a faculdade, no dilema para manter o emprego da minha formação original (sou jornalista) e até hoje, quando adotei a dança integralmente como carreira e opção de vida.
Há algum tempo venho refletindo sobre um ponto essencial para quem quer permanecer com solidez, qualidade e motivação nessa profissão, que é a nutrição do artista que há em cada um de nós. Entende-se que o bailarino é um eterno apaixonado por seu ofício, que o amor à dança vem em primeiro lugar na sua lista de prioridades. Mas, trabalhar com arte é um emprego como outro qualquer – com suas burocracias, tarefas a cumprir, a necessidade financeira…As obrigações trabalhistas acabam nos levando para o famoso “modo automático”: preciso de dinheiro, logo, dou muitas aulas, logo, não tenho tempo para respirar, faço alguns shows, mais aulas, menos sono, menos energia, mais aula, mais show, não tenho tempo de preparar minhas aulas, nem minhas apresentações… e a bola de neve vai aumentando. Quando menos se espera, o artista – aquele que precisa de tempo, maturação, experiencia, vivencias distintas – está indo embora e sendo engolido pela rotina.
Quem nunca, saturado de atividades dançantes, se viu sem criatividade, sem tesão, sem energia, sem inspiração? Aí você pensa: mas como pode, se eu só faço isso todos os dias? Eu não tenho a solução mágica para essa questão, mas estou buscando fazer um exercício para mim, em meio a esta correria que eu, francamente, não vivo sem, que é: encontrar tempo para nutrir a minha artista, com o que me inspira.
Para abastecer-se de referências, é necessário sair da bolha. Assistir à filmes, peças de teatro, shows de dança (ao vivo, tá, gente? Não pelo Instagram!), videoclipes, ouvir músicas, ler livros… e o simples fato de estar na rua, observar as pessoas, as cores, conversar com alguém, pode ser inspirador. Tudo pode trazer algo novo para você, te ensinar algo, mas é imprescindível estar aberto a isso. A vida nas grandes cidades nos engoliu de tal forma que andamos com pressa, sem sequer olhar para frente. Prédios são construídos e demolidos em nosso caminho diário e muitas vezes nós nem notamos, não é mesmo?
Um exercício que iniciei fazendo para mim e hoje passo em sala de aula é cruzar essas referências para a dança. Sempre adorei fotografias em revistas de moda, extrair o conceito de cada uma delas, me encantar com as diferentes faces e belezas da mulher. Pego uma revista e, dali, seleciono imagens que julgo mais expressivas e tento transformar aquelas poses em movimentação, fazendo as adaptações necessárias para a dança oriental. Além de ser uma baita tarefa divertida, eu acrescento um movimento “novo” ao meu repertório advindo de uma inspiração totalmente única e particular.
Por isso, para ser a artista que eu quero ser, quanto mais material eu tiver, mais rico e único será o meu trabalho. Consuma arte, consuma conteúdo, beba de outras fontes. Isso inspirará sua maneira de pensar, criar, se vestir… e assim vamos criando um mosaico lindo de bailarinos singulares e cheios de coisas para transmitir.

Boa sorte!

Paty Saad – Bailarina, coreógrafa e professora de danças árabes. Jornalista Editora da Revista Shimmie.


Como alimentar a nossa autoestima e preservá-la de forma saudável pode influenciar positivamente no nosso aprendizado da Dança do Ventre – Rachel Rodrigues


Vocês já repararam em como a nossa autoestima influencia (e muito) nas nossas ações, no nosso dia a dia e na nossa percepção de mundo? Isso acontece porque a autoestima diz muito sobre como nos sentimos sendo nós mesmos. E como é ser você mesmo? Esta é uma reflexão que poderíamos fazer todos os dias, como um exercício diário, um reforço positivo do nosso ser.

Toda atividade física possui um grande reflexo positivo em nosso corpo e em nossas vidas, pois, além de nos proporcionar maior qualidade de vida, libera uma série de hormônios ligados a felicidade, ao prazer e ao humor, o que tende a ajudar significativamente em problemas ligados a depressão e ansiedade. A Dança do Ventre, em particular, alia tudo isso à descoberta do próprio corpo, à admiração da própria imagem e a capacidade de desenvolver um amor próprio genuíno.

Nas salas de aula chegam muitas meninas e mulheres distintas entre si, que chegaram ali com propósitos particulares e cada qual carregando uma carga emocional e uma história de vida diferente das outras, por isso é tão importante que a chegada de uma nova integrante seja sempre uma acolhida positiva, tanto da percepção da professora, quanto das alunas. É preciso compreender que muitas mulheres chegam para serem curadas e outras para curar.

Uma sala de aula onde se pratica a empatia e o respeito ao próximo é certamente um ambiente seguro e favorável para desenvolvermos a nossa autoestima e influenciar positivamente as demais, que, uma vez seguras de si, absorvem a técnica dos movimentos de modo muito mais rápido e coerente, pois se olhar no espelho deixa de ser um fardo e passa a ser um momento de contemplação, admiração e respeito ao próprio corpo. Uma sala de aula dançante sempre será um espaço com pluralidades de corpos e a Dança do Ventre é tão generosa que permite que todos explorem e vivenciem o seu melhor, partindo da mesma técnica e observando a criação dos movimentos

Quando uma mulher se permite dançar, ela muda. Essa transformação acontece de dentro pra fora, o seu modo de ver a vida e de se enxergar no mundo muda, o modo como ela se comporta e se porta em diversas situações muda e o poder feminino que é despertado conforme a mulher se percebe como um ser dançante é libertador, a cura acaba sendo uma consequência de todo bem-estar vivenciado em sala de aula e na troca de energia com outras mulheres, que passam a vibrar na mesma frequência.

Dito tudo isso, a pergunta que fica é, como é possível aliar o sentimento positivo e a autoestima à Dança do Ventre e como isso pode melhorar a minha dança? A resposta é, antes de ser uma bailarina melhor, seja uma pessoa melhor.

Deixe que a construção da sua bailarina também aconteça de dentro pra fora e, com pequenas mudanças de atitude, se transforme em uma pessoa melhor a cada dia, praticando a empatia, a gratidão e o perdão, cultive amor dentro de si e veja os reflexos dessas mudanças na sua dança, nos seus movimentos  e na forma com que você assimila o aprendizado. Aos poucos, ao invés de repetir a si mesma durante as aulas “não consigo”, estará mentalizando algo como “estou melhorando, meu corpo já responde melhor” e tão logo se perceberá como um ser único e especial e evitará as comparações e os julgamentos alheios, porque o que importará é a sua caminhada, a sua evolução.

A Dança do Ventre atua de forma direta e assertiva nesse desenvolvimento da autoestima, pois dançando somos livres para nos expressar de forma única e autoral, é possível imprimir a nossa alma em cada movimento, nosso humor em cada gesto. É na Dança que conectamos o nosso corpo à nossa mente e com a técnica aprendemos como compreender a anatomia do nosso corpo é fundamental para a execução dos movimentos e como a consciência corporal amplia a nossa visão sobre nós mesmos e nos aproxima da nossa mente, que precisa estar em pleno funcionamento para guiar de forma correta os nossos movimentos.

Se temos uma visão distorcida sobre nosso corpo, ou se não somos capazes de nos sentirmos bem dentro dele, também não seremos capazes de explorar e experimentar a dança em sua plenitude e, sendo a autoestima algo tão inconstante, que muda e oscila de tempos em tempos, muitas vezes por influências externas e pelas formas com que absorvemos as coisas ao nosso redor, é muito importante que possamos fazer algo para nutri-la e para influenciar o seu desenvolvimento de maneira positiva. Nos aproximar de pessoas, frequentar lugares e praticar atividades que gostamos é uma forma de nos mantermos felizes e equilibradas, perante os desequilíbrios da vida.

Professores, permitam que suas alunas se olhem com amor, ensinem a técnica, a teoria, a história, mas também fale sobre respeito ao próximo, sobre respeitar a si próprio, sobre observar a dança em todos os corpos, mas não se compararem, não estimulem a competição, pois isso segrega as mulheres, estimulem a arte, a criatividade, a musicalidade, o aprendizado, a dança e o amor, isso nos une. Alunas pratiquem a empatia em sala de aula, respeite a arte que está em evolução no seu corpo, respeite os corpos e principalmente respeite o tempo do seu corpo. Que a cada aula sejamos capazes de olhar para o espelho e admirar a beleza do nosso reflexo, dos nossos movimentos em constante evolução, que possamos enxergar em nós a melhor versão do poder feminino que nos habita, pois só assim é que seremos capazes de nos amar um pouquinho mais a cada dia, de nos aceitar plenamente, mesmo perante nossas imperfeições.

E se você ainda não experimentou, se permita dançar, experimente esta transformação que começa dentro de nós e se traduz em movimento, que a dança seja amor na sua vida, que as aulas sejam um momento de entrega e cuidado com si mesma e com o seu corpo, que é nosso templo, que dançando você perceba o quão poderosa você é, respeitando suas particularidades, estágios de vida e evolução. Que a Dança do Ventre seja uma fonte capaz de alimentar não só o seu corpo e a sua mente, mas a sua alma, que possa nutrir a sua feminilidade e aflorar a sua sensualidade de forma natural, para que sua passagem por este mundo possa ser mais leve, dançante, cheia de energia, poder e beleza. Desenvolver a autoestima dançando é uma das coisas mais prazeirosas que existem, ao passo que dançar para transformar a nossa autoestima é libertador.

Namastê

Rachel Rodrigues

 


Aquecimento X Alongamento – Bruna Nassif


Qual é a diferença afinal? Este tema é sempre muito polêmico, e confuso para a maioria das pessoas. O que fazer no início da aula de Dança, e o que fazer no final?
Eu usarei termos bem casuais, para facilitar o entendimento, ok?

Estudos científicos recentes mostram que o desempenho de atletas cai consideravelmente quando eles iniciam suas atividades com alongamento. E isso tem um motivo, e já já será explicado. A palavra “Aquecimento” tem que nos fazer pensar imediatamente em preparar o corpo para algo que virá em seguida. Como se fosse um aviso do tipo: “ Acorda, acorda musculatura, acorda circulação, acorda pulmões, vou precisar muito de vocês em 5 minutos!”. É para isso que serve o Aquecimento, e por isso é imprescindível que seja feito sempre no início das aulas. Aqui, generalizo para aulas de ginástica geral, aulas de dança, treinamento de musculação, ou corrida.

O desempenho dos atletas que se alongam antes de iniciar a atividade física cai, porque quando alongamos, aumentamos o comprimento das estruturas dos tecidos moles, e consequentemente das fibras musculares. E dependendo da atividade física que o atleta vá fazer, se ele precisar de força e contração muscular, quanto tempo ele levará para que a contração da musculatura seja feita, se ela acabou de ser alongada e consequentemente relaxada? Quando ocorre a contração muscular, as fibras musculares se unem, e isso precisa acontecer rapidamente. Quando alongamos, isso não é possível. É como se você mandasse uma informação para o musculo: “ pode relaxar, solte toda a sua tensão, fica tranquilo, nada mais irá acontecer “ e aí de repente você precisa pegar peso, fazer força. Digamos que até a musculatura “acordar” novamente, irá demorar mais do que se apenas tivesse feito o aquecimento.

Porém, não sou a favor de generalizar. Afinal, cada atividade exige um comando diferente de nosso corpo. E existem coisas que “desmentem” o que os estudos científicos comprovam. No ano em que o Usain Bolt bateu o recorde mundial dos 100 metros, eu estava na faculdade, e um professor meu de Atletismo, Professor Cléber Guilherme estava fazendo a cobertura do evento pela ESPN. E lá eles têm acesso a imagens anteriores à prova. Ele contou para a nossa classe que viu o Bolt tranquilamente se alongando muito, antes de ir para a prova. Mistérios em que somente quando conhecemos nosso corpo a fundo, podemos desvendar. Para alguns funcionam para outros não.

Agora vamos trazer isso para o nosso Universo. O Universo da Dança do Ventre. Primeiramente, sua aula deve ser planejada e você deve saber exatamente o que irá trabalhar, para fazer um aquecimento condizente. A Dança tem um leque enorme de movimentos com características diferentes entre si. Temos os movimentos de contração, movimentos sinuosos, movimentos de deslocamento, movimentos de flexibilidade. Então primeiramente saiba o que irá trabalhar. Alongue somente quando for trabalhar com flexibilidade, por exemplo cambrês, as vezes espacate (de repente para coreografias de fusão). Fora isso, inicie sempre com um aquecimento. Imagine você alongar toda a musculatura de membros inferiores, sendo que o tema da aula será um solo de derbake, que exigirá muita contração de glúteo, auxílio de quadríceps, posterior, alguns deslocamentos. Como poderá acontecer uma boa contração, rápida e precisa se o comando que demos a musculatura foi justamente o contrário? Alongar, separar, aumentar o tamanho. A hora que preciso unir todas as fibras musculares, elas estão tão espaçadas entre si, que o movimento não ficará preciso. É como se perdesse o tônus e qualidade.

Agora vamos diferenciar os dois:

Aquecer:

Elevar a temperatura corporal, preparar o corpo para novos estímulos e desafios. Para isso, vá elevando a frequência cardíaca das alunas gradativamente. É interessante trabalhar de duas a três músicas no Aquecimento. Trabalhe uma que mexa com todas as articulações do corpo, que solte tudo, mexa tudo conscientemente. Não importa qual turma seja, eu valorizo muito este momento da aula. Pois é o momento em que “igualamos” a situação de todas as alunas em sala. Afinal chegam alunas que passaram o dia inteiro sentadas na frente do computador trabalhando, outras que passaram o dia inteiro trabalhando de pé no salto alto, outras que são mais sedentárias, outras que são esportistas. A questão é que eu também vejo o aquecimento como um momento de liberar tensões. Por isso, na primeira música eu trabalho articulação por articulação, com movimentos circulares, movimentos de dissociação corporal, e movimentos que liberem a tensão acumulada no corpo. Veja, tudo isso eu faço em movimento constante. Não fico parada em nenhuma posição, por nenhum momento. A 2º música é mais dançante mesmo, com passos que elas já viram em aulas anteriores, para que se soltem, se concentrem no momento de aula, se sintam bailarinas, e é aí o momento em que determino que elas esqueçam os problemas do cotidiano, se desliguem de tudo e se sintam felizes e alegres por estarem ali naquele momento. A 3º música eu uso para ativar a região especifica que irei trabalhar durante a aula. Então por exemplo, oito para cima e oito para baixo. Trabalho com movimentos já vistos em aula, que movimentem essa região, incluo alguns exercícios novos, e faço com que as próprias alunas focalizem bem o local que está sendo trabalhado.
Lembre-se que Aquecimento de 3 minutos, não existe! Um bom aquecimento deve ter no mínimo de 10 a 15 minutos. Este é um momento primordial da aula, e determinará todo o andamento até o final. É aqui que fixamos a aluna, fazemos com que ela se concentre, se empenhe, se divirta e principalmente, se sinta dançando. Pois são tantos passos, tanta técnica a ser passada na outra parte da aula, que é de extrema necessidade liberar a energia e esse é o momento ideal.

Alongamento:

Relaxamento geralmente está ligado a Alongamento, mas não é a mesma coisa. Alongar nos remete a movimentos estáticos, parados, em determinados posicionamentos que puxem e estiquem a musculatura de cada local do nosso corpo. Da mesma maneira que não existe Aquecimento feito em 3 minutos, não existe Alongamento feito em 10 segundos. Para você realmente alongar um músculo, dependendo de sua proporção, o tempo mínimo é de 30 segundos, podendo variar para 1 minuto ou 1:30 na mesma posição. Por isso, se fizer questão de alongar, trate de separar no mínimo 10 minutos ao final da aula para que faça tudo bem feito, e com calma. Lembrando que não vale somente alongar musculatura de membros inferiores, ou somente de membros superiores. Já que convidou as alunas a alongarem, alongue tudo. Alongamento é um tipo de exercício físico também, e deve ser tratado com muita consciência durante a prática, que deve ser orientada em sala.
Alongar previne lesões, aumenta a flexibilidade, relaxa a musculatura, reduz tensões musculares e melhora a consciência corporal.

Outra questão importantíssima, que nos dá mais certeza ainda de que alongar no final é muito melhor do que no início da aula é o seguinte: No final da aula, o corpo já está com a temperatura interna elevada, já fez toda atividade física que precisava fazer, a circulação sanguínea já foi devidamente ativada, a musculatura devidamente irrigada. Isso garante que o alongamento seja menos “dolorido” e menos propenso a lesões e estiramentos de musculatura. Pois a temperatura do nosso corpo afeta a nossa flexibilidade. Faça o teste. Quando alongamos no início da aula corremos dois riscos: o primeiro é o de lesões e estiramento. O corpo da aluna não está aquecido, não está devidamente estimulado e acordado para uma atividade física. Ele simplesmente está lá, com tensões do dia, geralmente tudo bem travado. Você fazer um alongamento nessas condições fará com que a aluna sinta muito mais dor, que a flexibilidade dela pareça ser muito ruim, ela poderá se sentir inferiorizada, se sentir mal porque não consegue encostar as mãos no chão com o joelho esticado, e pior, pode forçar a aluna a se forçar para conseguir uma amplitude maior de movimento, e aí pode acontecer o estiramento muscular. Por isso, o alongamento é recomendado para o final da aula. Ao final da aula, a flexibilidade e amplitude de movimento será muito maior, pois o corpo já vem de uma atividade física, a musculatura está devidamente irrigada, tudo será muito menos dolorido, mais prazeroso, e sem perigo de lesões.

Para alongar utilize sempre músicas mais calmas, e enquanto explica os exercícios ressalte sempre a importância da respiração correta. Inspire profundamente e quando soltar o ar, tente avançar um pouquinho mais no posicionamento em que está alongando. A respiração correta faz toda diferença neste momento.

Agora para diferenciar, Relaxamento é simplesmente um momento de relaxar, voltar os batimentos cardíacos ao ritmo normal, compensar um pouco as articulações que foram mais trabalhadas, no caso da dança do ventre, sempre massagear lombar. O relaxamento pode ser feito em 5 minutos, é ideal para aqueles dias que a aula é tão corrida, que quase não dá tempo de nada. Mas é nossa obrigação como professora, fazer com que nossas alunas voltem ao eixo, respirem, e se acalmem antes de voltar para a vida e cotidiano. Se eu não consigo fazer alongamento, com certeza faço questão do relaxamento. Neste caso, também com músicas calmas, peço que todas se deitem no colchonete e inicialmente trabalhamos somente respiração profunda, para baixar a adrenalina e voltar os batimentos cardíacos ao ritmo normal, no caso da dança do ventre, dependendo do tipo de aula a frequência cardíaca praticamente não sofre alterações, mas as vezes numa aula mais corrida, aulas de ginástica, enfim, é fundamental respirar fundo antes de qualquer coisa. Abraço os joelhos e faço um balanço lateral, para massagear a lombar. Depois disso, sempre peço que coloquem os dois joelhos para um lado, braços abertos, e olhem para o lado contrário e vice-versa. Isso faz com que a coluna volte para o lugar, e que a tensão seja liberada também.

Espero ter contribuído de alguma forma.

Bruna Nassif

Bailarina de Dança do Ventre e Educadora Física, criadora do Método BellyFitness de Preparação Física para Bailarinas de Dança Oriental

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